São Luís Scrosoppi
1804-1884
Fundou a Congregação
das Irmãs da Providência
Luís nasceu em 4 de agosto de 1804, em Udine, cidade do Friuli, no Norte da Itália. Foi o último dos filhos de Antônia e Domingos Scrosoppi, cristãos fervorosos que educaram os filhos dentro dos preceitos da fé e na caridade. Aos doze anos, Luís ingressou no seminário diocesano de Udine, e, em 1827, foi ordenado sacerdote.
A região do Friuli,
a partir de 1800, mergulhou na miséria em conseqüência das guerras e epidemias,
o que serviu ao padre Luís de estímulo para cuidar dos necessitados.
Dedicou-se, com outros sacerdotes e um grupo de jovens professoras, à acolhida
e à educação das "derelitas", as mais sozinhas e abandonadas jovens
de Udine e dos arredores. A elas ele disponibilizou todos os seus bens, suas
energias e seu afeto, sem economizar nada de si. Quando foi preciso, ele não
hesitou em pedir esmolas. A sua vida foi, de fato, uma expressão palpável da
grande confiança na Providência Divina.
Com essas senhoras,
chamadas de "professoras", hábeis no trabalho de costura e de
bordado, que estavam aptas à alfabetização, dispostas a colocarem suas vidas
nas mãos do Senhor para servi-lo e optando por uma vida de pobreza, padre Luís
Scrosoppi fundou a Congregação das Irmãs da Providência. Mas notou que
necessitava de algo mais para dar continuidade a essa obra. Por isso, aos
quarenta e dois anos de idade, em 1846, tornou-se um "filho de são
Felipe" e, através do santo, aprendeu a mansidão e a doçura, qualidades
que lhe deram mais idoneidade na função de fundador e pai da nova família
religiosa.
Todas as obras
feitas por padre Luís refletiram sua opção pelos mais pobres e necessitados.
Ele profetizou certa vez: "Doze casas abrirei antes da minha morte",
e sua profecia concretizou-se. Foram, realmente, doze casas abertas às jovens
abandonadas, aos doentes pobres e aos anciãos que não tinham família. Porém
Luís não se dedicava apenas às suas obras de caridade. Ele também oferecia seu
apoio espiritual e econômico a outras iniciativas sociais de Udine, realizadas
por leigos de boa vontade. Era dele, também, a missão de sustentar todas as
atividades da Igreja, em particular as destinadas aos jovens do seminário de
Udine.
Depois de 1850, a
Itália unificou-se, num clima anticlerical, e os fatos políticos representaram
um período difícil para Udine e toda a região do Friuli. Uma das conseqüências
foi o decreto de supressão da "Casa das Derelitas" e da Congregação
dos Padres do Oratório, de Udine. Após uma verdadeira batalha, conseguiu salvar
as "Casas", mas não conseguiu impedir a supressão da Congregação do
Oratório.
Já no fim da vida,
padre Luís transferiu a direção de suas obras às irmãs, que aceitaram a missão
com serenidade e esperança. Quando sentiu chegar o fim, dirigiu suas últimas palavras
às irmãs, animando-as para os revezes que surgiriam, lembrando-as: "...
Caridade! Eis o espírito da vossa família religiosa: salvar as almas e
salvá-las com a caridade". Morreu no dia 3 de abril de 1884. Toda a
população de Udine e das cidades vizinhas foram vê-lo pela última vez e
pedir-lhe ajuda do paraíso celeste.
No terceiro
milênio, as irmãs da Providência continuam a obra do fundador nos seguintes
países: Romênia, Moldávia, Togo, Índia, Bolívia, Brasil, África do Sul, Uruguai
e Argentina.
Padre Luís
Scrosoppi foi proclamado santo pelo papa João Paulo II em 2001. Nessa
solenidade estava presente um jovem sul-africano que foi curado, em 1996, da
Aids. Por esse motivo, esse mesmo pontífice declarou São Luis Scrosoppi
padroeiro dos portadores do vírus da Aids e de todos os doentes incuráveis. O
jovem sul-africano que se curou desse vírus entrou no Oratório de São Felipe
Néri, tomando o nome de Luís.
Fonte: Paulinas em 2014
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